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A MAÇÃ
É quase impossível imaginarmos alguém assistir,
sem se comover profundamente, ao drama real "A
Maçã" ( Sib - Irã/França, 1998 - 86'), de Samira
Makhmalbaf (roteiro e montagem de seu pai,
Mohsen Makhmalbaf - o célebre diretor do
inesquecível Gabbeh), com músicas tradicionais
iranianas.
Nascida em Teerã, em 1980, aos 8 anos de idade
trabalhou em "O Ciclista", filme dirigido por
Makhmalbaf. Estudou cinema, de 1994 a 1997, em
sua cidade natal. Realizou o curta-metragem
"Deserto"(Désert) e o documentário "Escola de
Pintura" (Écoles de Peinture). Em 1997, foi
assistente de direção do progenitor, em "O
Silêncio".
Seleção Oficial do Festival de Cannes 1998, "A
Maçã" recebeu o Prêmio Especial do Júri, na 22ª
Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, e
também, o Prêmio do Público.
A diretora tinha apenas 16 anos quando começou a
dirigir seu primeiro filme - "A Maçã" - denúncia
realista e poética no cinqüentenário da
Declaração Universal dos Direitos Humanos.
O roteirista dedicou o script às gêmeas Zahra e
Massoumeh, que "têm treze anos mas parecem ter
apenas dois anos de idade porque perderam onze
anos aprisionadas" em sua casa; "o que reforça a
opinião de que o tempo perdido na prisão não
pode ser contado como parte de uma vida."
Theresa Catharina de Góes Campos
TEXTOS sobre o filme A MAÇÃ - Guido Bilharinho,
Wanderson Lima e Theresa Catharina de Góes
Campos
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