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ANNA E O REI
Drama épico e romântico, histórico, inspirado
nos diários da Professora Anna Leonowens, "Anna
e o Rei" (Anna and the King - EUA, 1999, de Andy
Tennant - 147 min.) inicia-se em 1862, quando o
monarca do Sião contrata a mestra para ensinar
seus filhos, suas esposas e concubinas.
"Assim como nascem as crianças, crescerá o Sião."
Destaques: produção, direção, interpretação (Jodie
Foster e Chow Yun-Fat) ; roteiro; trilha sonora;
a canção dos créditos finais; a belíssima
fotografia; competente direção de arte/
reconstituição de época; cenários externos e
interiores; locações; vestuários, adereços;
efeitos especiais; e montagem.
"- Toda vida é um renascimento." ( o Rei )
"- Aprendi que não basta sobreviver. A vida é
muito preciosa, especialmente para um cristão,
que só tem uma vida."
Viúva há 23 meses, a preceptora inglesa chega
àquele país desconhecido procurando ser
otimista: "Eu veria o lado positivo das coisas."
Segundo a cultura local, "tudo, no Sião, tem seu
tempo", o que exige muita paciência e
compreensão.
"A primeira impressão é enganosa."
Quando sua idade é questionada, ela argumenta:
"Nem sempre a idade e a sabedoria andam juntas."
Com bons diálogos, suspense, ação e cenas de
violência, o tema existencial apresenta a
educação como instrumento para a evolução das
pessoas e dos países.
O príncipe-herdeiro pergunta: "por que ter uma
professora de nação imperialista? "
Anna explica:
"A maioria não vê o mundo como é, mas como lhes
convêm. Um rei deve ter visão mais ampla.
Sobre os seus numerosos filhos, o Rei do Sião
afirma:
"Cada um diferente, cada um, minha esperança
para o futuro."
E questiona:
- "Meu primogênito será um bom Rei? "
- "Ele demonstra ser inteligente, bondoso e
compreensivo, que são qualidades de um bom Rei."
"A Cabana do Pai Tomás", de Harriet Stowe, é o
livro que Anna dá ao príncipe-herdeiro para ler,
quando ele pergunta à professora sobre a razão
de existirem senhores e escravos.
Nas palavras da primeira-esposa, "Sua Majestade
é um amante terno e generoso."
Contudo, o Rei preocupa-se, acima de tudo, com o
seu prestígio de monarca.
"- Por que interferiu?" (o Rei)
"- Porque minha consciência exigiu." (Anna)
O Primeiro-Ministro do Sião preocupa-se:
"- Essa mulher pensa que é igual a um homem."
Ao que o Rei retruca:
"- Não, ela pensa que é igual a um Rei."
O monarca, respondendo a uma pergunta da
professora, transmite-lhe o ensinamento budista:
"Os caminhos são para jornadas, e não, para
destinos".
O sentimento do amor exclusivo entre um homem e
uma mulher vai se delineando até o momento em
que, mesmo no contexto de duas culturas tão
diferentes, é verbalizado com toda a consciência
e clareza:
"Até agora, eu não entendia a proposição de um
homem se satisfazer com uma só mulher."
Theresa Catharina de Góes Campos |
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