(Editorial de Informativo da ABRH-DF -Associação Brasileira de Recursos
Humanos-DF)

A renovação do homem e seus valores

(Editorial de Informativo da ABRH-DF -Associação Brasileira de Recursos Humanos-DF)

O editorial deste mês deveria falar de educação, de inovação, de criatividade, de conhecimento, de sua importância para as organizações e de seus desafios para a gestão de pessoas, e da importância desses fatores para o progresso, a satisfação e a produtividade.

No entanto, estamos, todos nós, sob o impacto dos bárbaros acontecimentos de Nova York, de sua violência, de sua irracionalidade, de seu radicalismo e das conseqüências de tais fatos sobre todo o mundo. Estamos, todos nós, sendo convocados não apenas a repudiar e lamentar o ocorrido mas, principalmente, a refletir sobre tudo o que aconteceu e sobre as perspectivas da vida humana no mundo atual.

Não podemos deixar de considerar que no World Trade Center, símbolo do poder econômico dos Estados Unidos, funcionavam mais de 400 organizações e lá trabalhavam cerca de 40.000 pessoas. Estas pessoas eram, sem dúvida, trabalhadores, profissionais das mais diversas formações, ocupadas em desenvolver as mais diferentes funções. Pessoas que, como todos nós, exerciam suas atividades e colocavam seus talentos, não apenas a serviço de suas empresas mas, também e certamente, por meio deles realizavam suas vocações. Estas pessoas que lá trabalhavam eram e são, com toda a certeza, objeto da atenção de inúmeros profissionais de recursos humanos.

Muito provavelmente naquelas organizações, assim como nas que nós, profissionais de recursos humanos trabalhamos, se afirmava sobre a centralidade do ser humano nas organizações, da importância em se ter pessoas produtivas, felizes, talentosas e realizadas. Com toda a certeza, princípios como o respeito ao ser humano, às diferenças de gênero, de raça, de credo religioso eram destacadas como essenciais para que as organizações pudessem se concretizar e se perpetuar.

Esse discurso e, em muitas dessas organizações, a prática de tais valores e princípios foi atropelada e violentada pelo radicalismo, pelo desprezo à vida humana, e por tudo aquilo que, ao longo do tempo, nós profissionais de recursos humanos, temos combatido e repudiado.

Mas será que o tema de nosso ENCONTRARH não se tornou, então, muito mais importante? A hora é de discutir educação, de discutir inovação. Não apenas a inovação tecnológica ou inovação de modelos de gestão mas, primordialmente, renovação. Renovação do homem, de seus valores, visando acabar com preconceitos, discriminações e opressões.

Os fatos ocorridos em Nova York certamente sinalizam na direção da necessidade de um profundo processo de educação e inovação no mundo, especialmente no tocante aos modelos mentais que regem povos, líderes e governantes. Modelos mentais que aceitem a diversidade, que afastem o ódio e que permitam a convivência dos opostos. É certo, também, que cada um de nós em sua família, em sua comunidade, em sua organização, deverá assumir sua parcela de responsabilidade na construção de um mundo mais solidário e
fraterno.

A Educação, a Inovação, a Criatividade, o Respeito ao Ser Humano e o
Conhecimento é que permitirão a construção das organizações que desejamos e do mundo que idealizamos.

Sem dúvida os dois pilares do ENCONTRARH, Educação e Inovação, são essenciais para os indivíduos e para as organizações

Ao analisarmos o tema do nosso ENCONTRARH: Educação e Inovação nas Organizações, vemos que este é o assunto que todos precisamos mesmo discutir dentro das instituições para que se amplie e seja disseminado planeta afora. Para que a paz não seja apenas um desejo , um sonho , mas uma realidade, é preciso que organizações e governantes se preocupem com o que é anterior, com a educação que modifica a vida e que permite a inovação, que traz outra visão da vida,que nos lança para outros desafios e conquistas, e
para onde só há espaço para o bem comum.

Continuemos , então , preocupados em debater o que há, no mundo, de melhor.