Material escolar

Brasília-DF, 3 de abril de 2002

Material escolar

Lúcio FLávio V. Lima

O GDF esbanja recursos com obras suntuosas (viadutos, ponte etc.), de cunho nitidamente eleitoreiro, contemplando principalmente os ricos e a classe média alta, e proporcionando a empreiteiros lucros fabulosos, notadamente pela possibilidade de superfaturamento.

Enquanto isso, a população de baixa renda ou de nenhuma renda recebe extensas listas de material escolar, muitas delas elaboradas suspeitamente pelas firmas vendedoras. Ora, essas famílias não possuem recursos nem mesmo para adquirir o feijão e o arroz de cada dia. Por que o governo não fornece esse material gratuitamente? A prioridade alardeada é a educação, mas, evidentemente, se trata de propaganda enganosa.

Registramos que a Conferência Vicentina do Santuário D.Bosco, integrada por pessoas da classe média, despendeu, neste início de ano, cerca de R$ 1.000,00 (mil reais) para adquirir material escolar destinado a 20 crianças, média de R$ 50,00/criança. As relações continham itens absurdos, seja pela quantidade seja pela natureza do material.

A quem recorrer? Votando conscientemente poderá ser um começo de solução.

Lúcio Flávio V. Lima

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