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O
filme "Geração Roubada", do australiano Phillip Noyce,
será exibido no dia 23, às 22h10, em sessão extra no
Unibanco Arteplex, seguida de debate como o diretor.
O seqüestro de
milhares de meninas aborígines pelo governo, entre
1880 e 1960, é o segredo mais vergonhoso da história
da Austrália, que ainda incomoda muitos setores da
sociedade. "Geração
Roubada", de
Phillip Noyce, escancara corajosamente o drama
dessas vítimas, levadas de suas famílias, escravizadas
e obrigadas a ter filhos com homens brancos para
branquear a população.
Em entrevista
coletiva realizada no dia 21, no Unibanco Arteplex,
Noyce revelou os caminhos que o levaram a contar a
história de Molly Craig, arrancada de sua mãe aos 14
anos, junto com a irmã e a prima.
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O drama foi contado em livro por
Doris Pilkington, filha de Molly. "Depois de ler o
livro, a única coisa em que pensava era nas três
meninas", conta o diretor, que deixou de lado o
projeto de "A soma de todos os medos" ("The sum of
all fears") para se dedicar a "Geração
Roubada". Apesar da aridez do tema, o filme foi
o segundo mais visto na Austrália no ano passado. "É
importante discutirmos o genocídio do povo
aborígine. Somente assim poderemos curar a ferida".
O filme anterior de Noyce, "O Americano Tranqüilo",
é considerado por muitos o melhor filme da lista do
último Oscar.
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