Entre
ameaças, perigos e problemas de nossa existência, às vezes
desanimamos, entretanto, para ser pessoa, não podemos deixar que
outros simplesmente nos detenham por falta de exercermos nossa
criatividade mais essencial: a capacidade de buscarmos outros
caminhos; a persistência em manter nosso entusiasmo por recomeçar,
reiniciar, recompor, reparar, retomar a caminhada.
Encarar
de frente os obstáculos significa assumir o presente, ainda que nos
cumule de frustrações, e corajosamente refletir criticamente sobre
as alternativas a nosso dispor. Por maiores que nos pareçam as
situações sem uma solução, é preciso insistir até
vislumbrarmos uma saída que nos convenha como gente, cidadão e ser
humano.
A
reflexão que nos cabe fazer, diante das portas que se fecham ou
jamais se abriram, ou diante dos labirintos ou "muros de
Berlim" que colocam em nossa rotina, apesar de nossos protestos
e de nossas queixas, com certeza nos levará a uma compreensão
maior de nosso potencial para realizarmos um trabalho mais útil,
porque mais significativo para nós, que nos debatemos em
redemoinhos e círculos que não se fundamentam em critérios defensáveis.
Abrir
rotas opcionais talvez dependa de um esforço maior de nossa parte:
procurar outras pessoas; estudar para aperfeiçoar nossos
conhecimentos ou para sanar deficiências; dedicarmos nossa atenção
a assuntos que sempre ignoramos ou protelamos; escolhermos uma forma
de lazer que estimule nosso cérebro, sensibilize nosso coração,
nos fortaleça para os desafios a serem enfrentados.
As
opções que surgirem talvez não sejam rotuladas de
"sucessos" pela sociedade; não importa que os resultados
não sejam divulgados como "êxitos". No íntimo de nós
mesmos, isto é, na situação que, sem máscaras, devemos encarar
continuamente, sabemos que a alternativa encontrada representa uma
vitória pessoal, tanto mais preciosa quanto mais difícil e solitária.
Se nem sempre obtemos o apoio de um grupo, precisamos entender que
isso não constitui uma boa desculpa para ficarmos parados, alegando
nos encontrarmos em um contexto "sem saída".
Conhecendo
nossas qualidades, identificando nossos defeitos e nossas
necessidades mais profundas, iniciemos uma jornada para a realização
de nossos projetos; se todos eles parecem ter fracassado ou serem
"impossíveis" de concretizar sem auxílio, tentemos obter
essa ajuda. Ou projetemos novas metas; reflitamos sobre as condições
dos que nos cercam - sejam amigos, parentes ou irmãos na comunidade
universal e, com honestidade e determinação, tentemos estabelecer
novas tarefas, contornando os problemas enquanto não pudermos
solucioná-los.
Lembremo-nos
do que disse o cineasta Francis Ford Coppola: "O maior recurso
econômico de um país, neste limiar do século XXI, é a
criatividade de seus cidadãos.".
Trilhando
o caminho das pedras, iremos adquirindo confiança em nossos próprios
recursos, além de apreciarmos melhor os instrumentos disponíveis e
que talvez tenhamos negligenciado, antes de nos vermos em situação
difícil. Assim, as frustrações e os problemas serão
transformados por nós em oportunidades de realização das quais
nos orgulharemos posteriormente.
E
será como se tivéssemos olhos mágicos, mãos de fada ou duende,
visão tridimensional; com a proteção dos anjos e guiados por uma
especial proteção divina...construiremos vitórias elaboradas
criativamente a partir de nossas frustrações e dos problemas que
aparentemente não tínhamos poder ou capacidade para resolver. No
final, agradeceremos a Deus pelas pedras do caminho!
Theresa
Catharina de Góes Campos
Atenção:
Vários filmes tratam dessa temática (vencer, apesar de todos os
obstáculos enfrentados na vida): "Shine", "Adivinhe
quem vem para jantar", "Onde está a casa de meu
amigo?", "A quinta estação", "Um lugar no coração",
"Uma segunda chance", etc.
Voltar
|