Moralização do setor de planos de saúde e melhores honorários

Paralisação por moralização do setor de planos de saúde e melhores honorários na pauta do debate

Associação Médica Brasileira (AMB), a Associação Paulista de Medicina (APM), o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), a Federação dos Médicos de São Paulo e o conjunto de Sociedades de Especialidades Médicas promovem, quinta-feira, 28 de agosto de 2003, uma Assembléia Geral dos Médicos do Estado de São Paulo, para debater honorários, a relação entre médicos e operadoras de planos de saúde e a situação dos usuários do sistema.

A Assembléia terá início às 20h, no auditório nobre da APM, e contará com a presença de médicos de todo o Estado. Na pauta de discussão, um dos temas relevantes diz respeito às pressões exercidas por certas empresas para a redução de exames, pedidos de internação e outros procedimentos. Os médicos denunciam há anos que o setor de saúde suplementar brasileiro precisa de uma legislação mais eficiente para regular conflitos entre operadoras e pacientes e entre os próprios médicos e as operadoras, pois a ótica econômica tem levado algumas empresas a priorizarem o lucro em detrimento do livre exercício profissional da Medicina e da saúde dos cidadãos.

Outro debate importante será sobre a necessidade de o setor ter uma política de valorização dos prestadores de serviços. Os médicos, por exemplo, estão sem reajuste desde 1996. No mesmo período, os planos de saúde tiveram reajustes da ordem de 245% e os custos operacionais dos consultórios aumentaram cerca de 200%.

A recente liminar obtida pelas empresas junto ao Supremo Tribunal Federal, revogando direitos de usuários cujos planos são anteriores a janeiro de 1999 também ocupará a pauta de discussões. Vale registrar que as operadoras de planos há muito ocupam os primeiros postos de reclamações nos órgãos de defesa do consumidor. Em pesquisa realizada pelo DataFolha junto aos médicos, em 2002, 93,3% dos médicos consultados apontaram interferência das operadoras no exercício profissional.

Em virtude desse quadro, os médicos querem soluções emergenciais para o setor. Isso antes que a situação chegue a um ponto insustentável e o atendimento fique ameaçado de interrupção.

Assembléia Geral do Médicos do Estado de São Paulo

Local - Associação Paulista de Medicina, avenida Brigadeiro Luiz Antônio, 278

Data: 28 de agosto de 2003, quinta-feira

Horário: 20h

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