Theresa Catharina de Góes Campos

  BARTON FINK

A partir de fatos, personagens e sentimentos "comuns", "Barton Fink - Delírios de Hollywood" ( Barton Fink, EUA, 1991 - 114' de Joel Cohen) mostra um escritor vivendo pesadelos diários: a solidão; o desprezo de seus empregadores por seu trabalho intelectual; a dificuldade de escrever, em um ambiente que lhe é estranho, hostil, cruel, e onde a imbecilidade e o dinheiro têm o poder de decisão; a solidão, o isolamento do escritor. A história se passa em Los Angeles, 1941.

Cenas de violência explícita e linguagem chula; humor negro. Boa crítica ao primitivismo dos filmes de luta-livre.

Com a violência, o terror se instala, consolidando a tragédia e os crimes. Poesia e lirismo, somente na última cena - uma surpresa agradável...
Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes (Direção e para a interpretação de John Turturro), destacam-se, também, o trabalho do elenco secundário e a cenografia.

(...) "O dia é sonho, se o vivemos de olhos fechados".

(...) "O homem comum como fonte de sucesso, o sucesso real."

(...)"Trazer para fora algo de dentro, sincero."

(...)"De certa forma, somos todos sós neste mundo!"

(...) "- Escrever não é paz?" - Não. Escrever vem de uma grande dor interior. Escrever vem do entendimento, da compreensão de que se deve procurar minorar o sofrimento humano."

(...) "-Você está bem? Você não acha que tem uma obrigação com o seu dom? A
 bebida está matando o seu dom, a Audrey e ..."

(...) "Onde há vida, há esperança."

(...) "Cada um escolhe seu veneno."

(...) "Audrey, você está bem? Quantos livros do Bill você, Audrey, escreve?"

(...) "Todos nós precisamos de compreensão, Barton. Até você, esta noite."

(...) "Se eu fosse honesto, só chegaria perto de uma piscina para limpá-la."

(...) "Você é a única pessoa que eu conheço em Los Angeles com quem posso conversar. Sinto que estou ficando fora de mim, que estou enlouquecendo."

(...) " - Você voltará?

- Sim, compadre, eu voltarei."

(...) "- E Deus disse: Haja luz. E houve luz."

(...) "Sou um escritor. Eu crio - por profissão. Sou criador."

Theresa Catharina de Góes Campos
 

Jornalismo com ética e solidariedade.