Theresa Catharina de Góes Campos

  A CARTA ANÔNIMA

Comédia dramática, existencial e romântica, para adultos, "A carta anônima" (The Love Letter - EUA, 1999 - 87 min. ) é a versão cinematográfica do romance homônimo de Cathleen Schine e a estréia, no cinema americano, do diretor chinês Peter Ho-Sun Chan. Antes mesmo de terminar a leitura do livro, Kate Capshaw (casada com o premiadíssimo diretor Steven Spielberg) comprou os direitos de filmagem.
Produzido pela atriz e protagonista, Kate Capshaw, no elenco do filme também estão Tom Selleck, Blythe Danner,Christopher Walken, Gloria Stuart,Ellen DeGeneres e Tom Everett Scott.

A trama já começa a ser contada na apresentação dos créditos, que mostra com singeleza a pequena cidade litorânea onde a história se passa (Loblolly By The Sea, na Nova Inglaterra), com seus lugares agradáveis, seus personagens, seu estilo e ritmo de vida, suas atitudes e seus modos de falar e agir...

Os dias e as pessoas pareciam iguais, mesmo com o passar dos tempos.... até que uma novidade surge para mudar / expor emoções e sentimentos. Uma carta anônima provoca reações inesperadas em muita gente. ..que acreditava se conhecer... Uma renovação, transformação ou genuína revelação? Mudanças de personalidades ou comportamento autêntico?
Na livraria de Helen (Kate Capshaw), a frase escrita no pequeno quadro-negro é um provérbio russo:

"O coração carrega os pés".

Ou: Se perder uma hora pela manhã, vai passar o dia todo tentando recuperá-la."

Ou a afirmativa de Emily Dickinson:

"Sexta-feira. Provei a vida".

Sua amiga e gerente vai reagir ao tratamento que recebe, afirmando que se sente magoada.

Os personagens descobrem, após a leitura da carta sem destinatário e remetente, que deveriam ter expressado, no momento certo, o que pensavam e sentiam. Conscientizam-se de que o silêncio praticamente lhes encerrou numa vida que, de fato, não queriam viver.

"Algumas pessoas sabem o que querem. Podem não saber como conseguir o que querem, mas sabem o que querem".

Destaques: produção, direção, fotografia, trilha sonora, roteiro.
Um simples postal, com uma frase aparentemente banal, continha mensagem bem especial. Mas, muitos anos depois, a verdade foi dita:

"Eu nunca li o que estava dentro."

(Assisti ao filme no cinema, mas pode ser encontrado em vídeo CIC.)

Theresa Catharina de Góes Campos
 

Jornalismo com ética e solidariedade.