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THERESA CATHARINA DE GÓES
CAMPOS
Jornalista, escritora, professora
universitária (em cursos de graduação e
pós-graduação), tradutora e intérprete
(aprovada em concurso) do Senado Federal,
Theresa Catharina de Góes Campos nasceu em
13 de janeiro de 1945, na cidade de Natal -
Rio Grande do Norte. Livros publicados:
-
"O Progresso das Comunicações Diminui a
Solidão Humana? Uma interpretação
histórica das comunicações gráficas e
audiovisuais, desde a pré-história até o
Intelsat" - Rio de Janeiro, Editora
Lidador, 1970, 139p.
-
"A TV nos tornou mais humanos?
Princípios da Comunicação pela TV" - com
Prefácio de Ariano Suassuna - Recife,
Editora da Universidade Federal de
Pernambuco, 1970, 362 p.
-
(Tradução da versão francesa) "Sons e
Sinais na Linguagem Universal:
Semiótica, Cibernética, Linguística,
Lógica" de A. Kondratov - Brasília,
Editora Coordenada, 1972, 189p.
-
"Pensamentos para Ser, Agir e Viver
Melhor" - Brasília, Ed. Guanabara, 2007,
134 p.
-
"Pensamentos para Ser, Agir e Viver
Melhor" - Brasília, 2ª Edição, Ed.
Guanabara, 2008, 160 p.
-
"Existe Vida sem Poesia?", Brasília, Ed.
Guanabara, 2010, 472 p.
-
"Versos e Prosa de minha Infância e
Adolescência", Brasília, Ed. Guanabara,
2014, 163 p.
-
Imagens
e Palavras... O Coração e a Razão no
Cinema pdf
1ª Edição - 2016, 610 p.
-
Meu pai, o avião e os anjos Crônicas e
artigos pdf
1ª Edição - 2024, 112 p.
Com artigos publicados no Brasil e no
exterior (em inglês e francês), também
participou, com suas poesias, de muitas
edições coletivas.
E mais:
CD-Rom "Pensamentos para Ser, Agir e Viver
Melhor"
(edições - 2005, 2007, 2008 e 4ª edição -
2009);
CD-Rom "Existe Vida sem Poesia?" (2010);
Ebooks (em minicds):
"Uma Vida com a Palavra Escrita - Vida e
Palavras de Theresa Catharina de Góes
Campos" (Acervo Digital - 2 edições em 2014)
Editora, também, dos sites:
www.arteculturanews.com (Arte e Cultura News)
www.noticiasculturais.com (Notícias e Textos
Culturais)
www.theresacatharinacampos.com (Blog da
Jornalista Theresa Catharina)
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DADOS PESSOAIS
Nome |
Theresa Catharina de Góes campos |
Data e local de nascimento |
13 de janeiro de 1945 - Natal, Rio Grande do
Norte, Brasil. |
Nacionalidade |
Brasileira |
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Não-fumante |
Religião |
Católica Apostólica Romana (Praticante) |
Filhos |
Amerjit e Priscila |
Registros profissionais |
Jornalista Profissional (Redatora) -
Registro Profissional MTb 06 (livro 1, folha
3, verso, ano 1967), atualizado para
DF03234JP na última renovação; e
Professora Universitária (Comunicação) |
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EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL E ACADÊMICA
Nome |
Theresa Catharina de Góes campos |
desde 1960 |
Jornalista freelancer |
desde 1966 |
Professora universitária |
Formação universitária |
Graduação em Jornalismo (Comunicação Social)
- Bacharelado em Jornalismo, pela Faculdade
Nacional de Filosofia da Universidade do
Brasil (hoje, Faculdade de Jornalismo da
Universidade Federal do Rio de Janeiro) -
1965 |
Pós-graduação |
Lato Sensu - Especialização em Metodologia
do Ensino Superior (Didática Superior) -
Faculdades Integradas da Católica de
Brasília - 1985.
Curso de Mestrado em Relações Internacionais
- créditos completados e projeto de tese
aprovado, mas sem defesa de tese -
Departamento de Ciência Política e Relações
Internacionais da Faculdade de Ciências
Sociais da Universidade de Brasília - 1988 |
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LIVROS PUBLICADOS
1970 |
"O Progresso das Comunicações Diminui a
Solidão Humana? Uma interpretação histórica
das comunicações gráficas e audiovisuais,
desde a pré-história até o Intelsat" - Rio
de Janeiro, Editora Lidador, 1970,139
páginas |
1970 |
"A TV nos tornou mais humanos? Princípios da
Comunicação pela TV" - com Prefácio de
Ariano Suassuna - Recife, Editora da
Universidade Federal de Pernambuco, 1970,
362 páginas |
1972 |
(Tradução da versão francesa) "Sons e Sinais
na Linguagem Universal: Semiótica.
Cibernética, Linguística, Lógica" de A.
Kondratov - Brasília, Editora Coordenada,
1972,189 páginas |
2007 |
"Pensamentos para Ser, Agir e Viver Melhor"
- Brasília, Ed. do Autor, 2007, 134 páginas
- (2a. edição - 2008 - 160 p.) |
2010 |
"Existe Vida sem Poesia?", Brasília,
Ed. Guanabara, 2010, 472
p. |
2014 |
"Uma Vida com a Palavra Escrita", Brasília,
Edição digital (e-book), 2014. |
2014 |
"Versos e Prosa de minha Infância e
Adolescência", Brasília, Ed. Guanabara,
2014, 163 p. |
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DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA
1968 e 1969 |
Faculdade de Filosofia do Recife (FAFIRE), a
disciplina Os Meios de
Comunicação Social na Educação |
1968, 1969 e 1970 |
Centro de Comunicação Social do Nordeste (CECOSNE),
em Recife, as disciplinas Produção para
Rádio e TV e Produção Cinematográfica. |
1971 |
Centro de Ensino Unificado de Brasília (CEUB),
no Departamento de
Letras, a disciplina Inglês, nos anos de
1966 e 1967; e no
Departamento de Comunicação, a disciplina
Publicidade e Propaganda, em
1971 |
1983 a 1986 |
na Faculdade de Artes (Fac. Dulcina), da
Fundação
Brasileira de Teatro (FBT), em Brasília, as
seguintes disciplinas, no
Departamento de Artes Cênicas: Literatura
Dramática; História do
Teatro: Teatro Brasileiro; Evolução do
Teatro e da Dança; História e
Estética da Arte; Produção para a TV;
Produção cinematográfica;
Francês; e Fonética |
1987 a 1990 |
Faculdade de Ciências Sociais, das
Faculdades Integradas
da Católica de Brasília, a disciplina Língua
Portuguesa |
1990 a 1994 |
Faculdade Alvorada de Brasília, a disciplina
Inglês
Técnico para Informática |
1991 a 1998 |
Associação de Ensino Unificado do Distrito
Federal (AEUDF - hoje UDF), em Brasília, no
Departamento de Formação, as disciplinas
Problemas Brasileiros (de 1991 a 1993) e
Língua Portuguesa (de 1991 a 1998, como
Professora Titular) |
1984, 1985 e 1986 |
Docência em curso de pós-graduação lato
sensu:
A disciplina Teorias da Comunicação. Em
cursos de especialização ministrados pelas
seguintes instituições educacionais -
Fundação Brasileira de Teatro em convênio
com a Fundação Educacional de Brasília (em
1984); no Centro de Ensino Unificado de
Brasília - CEUB - (CESAPE, em 1985); e nas
Faculdades Integradas da Católica de
Brasília (1986).
A disciplina Folkcomunicação, no Centro de
Ensino Unificado de Brasília - CEUB (CESAPE),
em 1985. |
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EXPERIÊNCIA DE CHEFIA
1966 e 1967 |
Chefe do Serviço de Educação da Fundação
Brasil Central, em Brasília |
1969,
1970 e 1971 |
Diretora da Rádio Universitária, da
Universidade Federal de
Pernambuco, em Recife |
1971 |
Gerente de Grupo de Estudos, no Ministério
da Educação e Cultura,
em Brasília (nomeação por Portaria
Ministerial) |
1984 e 1985 |
Chefe do Departamento de Artes Cênicas da
Faculdade de
Artes da FBT, em Brasília |
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ASSESSORIA TÉCNICA
1966 e 1967 |
Assessoria Técnica de Comunicação para a
Fundação Brasil Central, em Brasília |
1983 a 1990 |
Assessoria Técnica como Tradutora e
Intérprete para o Ministério da Aeronáutica,
em Brasília (nomeação por Portaria
Ministerial e realização de trabalhos como
free lance) |
1993 e 1994 |
Assessoria Técnica de Comunicação para
empresas diversas (como a FACEB, entidade de
previdência privada para os empregados da
CEB, Companhia Energética de Brasília) |
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PRODUÇÃO, REDAÇÃO E APRESENTAÇÃO DE PROGRAMAS RADIOFÔNICOS E
TELEVISIVOS
1966 e 1967 |
Rádio Alvorada de Brasília, em parceria com
o radialista Raimundo Laranjeiras, o
programa diário Clube das Donas de Casa |
1966 e 1967
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TV Nacional, Canal 2, de Brasília, três (03)
programas
semanais: “Encontro”, “O Museu e a Cidade” e
“Educar é Crescer” |
1968 a 1972 |
na Rádio Universitária, da Universidade
Federal de Pernambuco, em Recife, séries de
programas culturais sobre a língua
portuguesa, o folclore, personalidades
históricas nacionais e estrangeiras |
1966 a 1970 |
Rádio Tamandaré, em Recife, o programa
diário “Alô, Motorista” TV Rádio Clube de
Pernambuco, em Recife, membro da equipe de
três redatores do Telejornal Pirelli, de
apresentação diária, às 20 horas. |
1971 a 1982 |
Radio/TV Canada, em Ottawa, Ontario, Canadá,
como free lance |
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TÍTULO/PRÊMIO ESPECIAL
1971 |
“O
Melhor da Comunicação em 1970” - honraria
concedida pela Associação dos Bacharéis em
Jornalismo de Pernambuco |
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ARTIGOS PUBLICADOS
desde 1960 |
Artigos publicados (entrevistas, crônicas,
reportagens, editoriais e poesias) em
português e inglês, em diversas cidades
brasileiras e no Canadá, sobre temas
culturais diversificados |
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PREFÁCIOS
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Prefácios para livros dos escritores Ceres
Alvim, Elvira Werneck, Reynaldo Domingos
Ferreira e Sérgio Clemente |
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MONOGRAFIA
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Os Meios de Comunicação Social como
Instrumentos de uma Educação para a Paz -
Brasília, 1986 |
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TRADUTORA E INTÉRPRETE DO SENADO FEDERAL
1993 |
Aprovada em Concurso Público nacional,
externo, empossada em 25 de novembro de 1993 |
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ATUALIZAÇÃO
1995 |
Co-revisora da Revista de Informação
Legislativa do Senado Federal |
1995 a 1998 |
Integrante da Diretoria (Triênio 1995/98) do
Sindicato dos Jornalistas Profissionais do
DF, como membro da Comissão de Ética e
Sindicância |
1995 a 1997 |
Jornalista responsável pela Revista da
Faculdade AEUDF |
1999 a 2000 |
Assessora do Diretor da Secretaria de
Informação e Documentação do Senado Federal |
2000 a 2002 |
Chefe de Gabinete da Secretaria de
Informação e Documentação do Senado Federal |
2000 a 2001 |
Jornalista e membro da equipe técnica da
revista Senatus, da Secretaria de Informação
e Documentação do Senado Federal |
2001 a 2004 |
Diretora de Imprensa e Divulgação do
SINDILEGIS (Triênio 2001-2004) Licenciada
por motivo de doença grave - câncer
(julho/2002) |
2002 |
Aposentada do Senado Federal, por motivo de
doença grave (câncer), em 24 de julho de
2002 |
desde 2001 |
Editora, produtora e redatora do site
www.arteculturanews.com |
2003 |
Incluída no Dicionário dos Escritores de
Brasília - 2a. edição, 2003
- organizado por Napoleão Valadares |
2005 |
Recebe o PRÊMIO NACIONAL DA IMPRENSA
BRASILEIRA - MÉRITO DOM JOÃO VI |
desde 2003 |
Editora, produtora e redatora do site
www.noticiasculturais.com |
desde 2005 |
Editora, produtora e redatora do site
www.theresacatharinacampos.com |
2005 |
Produção, Edição e Redação do cd-rom
"Pensamentos para Ser, Agir e Viver Melhor"
(2ª e 3ª edições - 2008 e 4ª edição - 2009) |
2007 |
Editora, produtora e redatora do livro
"Pensamentos para Ser, Agir e Viver Melhor"
(2ª edição - 2008 - 160 p.) |
2010 |
"Existe Vida sem Poesia?", Brasília,
Ed. Guanabara, 2010, 472
p.
CD-Rom "Existe Vida sem Poesia?" |
2014 |
"Uma Vida com a Palavra Escrita", Brasília,
Edição digital (e-book), 2014. |
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TEXTOS RELACIONADOS À VIDA E ÀS ATIVIDADES
1969 |
Diário de Pernambuco – terça-feira, 21 de
outubro de 1969.
DIÁRIO FEMININO
MULHER EM POSTO DE DIREÇÃO
Ainda não deixou de ser um tanto raro que
elementos femininos ascendam, aqui entre
nós, a postos executivos de alta escala. O
mais que se tem conseguido é, na
administração pública, ser chefe de seção.
Na Universidade, temos alguns exemplos de
diretores de unidades ou departamentos, como
a prof. Maria Auxiliadora Cabral de Moura ,
à frente do Instituto de Psicologia da UCP.
No campo jornalístico, a mini-saia invade as
redações e estúdios e, no Rio de Janeiro,
temos exemplo de mulheres como chefes de
empresas jornalísticas.
A direção da Rádio Universitária foi
recentemente confiada a Theresa Catharina de
Góes Campos que já escrevia programas para
aquela emissora além de trabalhar no
departamento de jornalismo de TV Rádio
Clube. Theresa é especializada em
comunicação, tendo inclusive escrito um
livro sobre televisão. Escreve também para
crianças, e tem toda uma formação voltada
para os fins educativos dos meios de
comunicação.
Os colegas da Rádio Universitária que estão
atualmente sob as ordens de uma mulher,
comentam bem humorados: “se em Israel está
dando certo, por que não haveria de dar na
R.U.?”
A atual diretora da estação transmissora da
U.F.P. é dona de um entusiasmo incomum por
qualquer tarefa à qual se dedique. É uma
pessoa jovem que leva muito a sério o
trabalho e as pessoas. É dessas que
acreditam que se deve seguir pela vida, com
os pés no chão e o ideal nas estrelas.
Tereza Lúcia Halliday |
1988 |
FACULDADES INTEGRADAS DA CATÓLICA DE
BRASÍLIA
Ofício 035/88-FCCS
Brasília-DF, 22 de setembro de 1988.
Cara Professora Theresa Catharina:
Tivemos o privilégio de contar com sua
participação, nos dias 20, 21 e 22 /06/88,
na PRIMEIRA SEMANA DA ADMINISTRAÇÃO,
organizada por alunos desta Faculdade.
O objetivo geral do evento, qual seja
propiciar aos alunos uma visão prática das
realidades empresariais mais significativas
do Distrito Federal, foi amplamente atingido
oferecendo rara oportunidade de integração
entre nosso meio acadêmico e o empresarial.
Sua presença, como Mestre de Cerimônia,
durante o evento, emprestou-nos
extraordinária colaboração.
No momento em que transmito meus
agradecimentos pessoais, e os da Faculdade
Católica de Ciências Sociais, desejo
assegurar-lhe que sua atenção será sempre
lembrada com especial consideração entre
nós.
Atenciosamente,
Luís Antônio B. Emílio
Diretor da Faculdade Católica de C. Sociais
UBEC/FICB
Ilma. Professora
THERESA CATHARINA DE GÓES CAMPOS
Faculdade Católica de Ciências Sociais
Departamento de Fundamentos das Ciências
Sociais.
ÁREAS COMPLEMENTARES –TRECHO 2 – LOTE 3975 –
SETOR SUL – TELEFONE: 563-5000 – CEP. 72.000
– TAGUATINGA – DISTRITO FEDERAL |
1970 |
PREFÁCIO de ARIANO SUASSUNA para o livro "A
TV nos tornou mais humanos? Princípios da
Comunicação pela TV " de Theresa Catharina
de Góes Campos
UM LIVRO SOBRE TELEVISÃO
Conheci Theresa Catharina depois que passei
a dirigir o Departamento de Extensão
Cultural da U.F. Pe., e, ela, a Rádio
Universitária: estas duas repartições
funcionam juntas, nas mesmas dependências da
Reitoria,sendo que a Rádio já foi uma
Divisão do DEC. Hoje,é autônoma, motivo pelo
qual não tive o prazer e a honra de
trabalhar com Theresa Catharina. Apesar
disso,porém, as ligações entre o DEC e a
Rádio continuam, porque temos, ainda, muitas
áreas de trabalho relacionadas. A Música é
uma delas, e várias vezes eu tenho aparecido
na Rádio, para importunar a Diretora e seus
auxiliares com fitas e gravações do
Seminário de Criação e Interpretação Musical
Nordestina que o DEC promove.
Nunca eu poderia supor, porém, que aquela
moça discreta, cortês e modesta, sempre com
um ar de quem teme ser pesada aos outros,
fosse uma mestra em Teoria das Comunicações.
E, mais do que isso, que aliasse sua
capacidade administrativa ao dom de
escrever. Sim, porque Theresa Catharina de
Góes Campos estréia este ano como escritora.
E, fato raro entre os escritores que
começam, este seu segundo livro sai quase
,imediatamente depois do primeiro, editado
no Rio, com distribuição nacional.
Passei a vista no primeiro , uma espécie de
apanhado geral, de visão o quanto possível
completa do campo das comunicações. Para ser
absolutamente franco,eu me sentiria menos
constrangido prefaciando o primeiro, do que
escrevendo estas linhas mal-arrumadas sobre
o segundo. Entende-se: o primeiro, sendo
mais geral, tem muitos assuntos que me
deixariam mais seguro - inclusive o Teatro.
Já quanto a este, todo mundo que me conhece
sabe da pouca simpatia que tenho pela
Televisão. Aliás, expliquei a Theresa
Catharina a dificuldade em que me
encontrava, por causa disso. Ela, porém,
demonstrando grande poder de compreensão,
autorizou-me a fazer o prefácio como
entendesse. Disse-me, inclusive, que eu
desse um depoimento sobre os motivos de
minha pouca simpatia, porque isso poderia
servir de ponto de partida para reflexões e
estudos. Então concordei e passo a expor
tudo, do modo que me é possível.
Em primeiro lugar, quero esclarecer que não
faço essa declaração por mania de ser
diferente ou original.Também não a faço num
sentido de desrespeito ou desapreço por
aqueles que dedicam à Televisão, com
honestidade, o melhor de suas vidas e de seu
trabalho. O problema é muito mais complexo.
Minha antipatia vem de outras causas. A
primeira , talvez seja a sensação de
impaciência e frustração que experimento
vendo mal usado e desperdiçado aquilo que
tem tanta força, tanto poder de persuadir e
influenciar para a Cultura verdadeira.
Depois, vem do ar de empáfia com que os
figurões, os "grandes mentirosos" da
Televisão, se arvoram em árbitros do gosto,
atribuindo ao Povo (que está sendo
deformado, por eles, aos poucos) suas
próprias opiniões, suas próprias
deformações.
Tenho um amigo que, a esse respeito, vive se
rebelando contra a célebre frase -feita de
que "macaco é doido por banana". Ele
retruca, indignado: "Como é que podem saber
disso, se só dão banana ao macaco? O macaco
está faminto, dão-lhe uma banana, ele a come
com avidez e as pessoas dizem: "Como ele
gosta de banana!". Macaco, como todo mundo,
gosta é de comida". E meu amigo conclui.
"Dêem um rosbife ao macaco, que nunca mais
ele come banana satisfeito."
Coisa semelhante fazem os figurões da
Televisão com o Povo. A necessidade de
consumo de Arte é evidente em qualquer ser
humano.A televisão só oferece a o Povo as
guitarras inglesas ou as bananas e abacaxis
tropicalistas, tomando todo o cuidado para
evitar que o Povo tome contacto com os
verdadeiros artistas brasileiros. Aliás, a
crise é mais ampla e atinge até todo o campo
da Arte erudita. Já que estamos falando de
Música, há toda uma propaganda, todo um
espírito dirigido no sentido de fazer a
Música brasileira adotar os processos, os
cacoetes e os becos-sem-saída da Música
européia e norte - americana. Mas não vou
tão longe. Fiquemos no campo da Música
popular, pra facilitar a discussão.Como é
que se explica o boicote sistemático que a
Televisão brasileira executou com Ataulfo
Alves? Nunca Ataulfo Alves teve um programa
só para ele, nunca teve uma propaganda
sistemática e contínua.
Por quê? Porque ele "não fazia parte do
jogo, da farsa gigantesca "da coligação dos
prestígios". Depois que ele morreu,
prestaram-lhe "comovidas homenagens" e, com
um suspiro de alívio, sentiram-se mais
seguros e confiantes, porque a Onça Preta
tinha morrido e não arrasaria mais nenhum
ídolo de pés de barro (...). Sim, porque o
perigo que os verdadeiros artistas oferecem
é esse. Os figurões organizam a farsa,os
prestígios dos valores importados, arranjam
um patrocinador poderoso que também faça
parte do jogo e então começam a impor a
falsificação ao Povo. Aquilo surte efeito
durante algum tempo, porque o Povo quer
ouvir música, e como só aparece aquela,
consome aquela mesma. Mas, um dia, quando os
promotores da farsa menos esperam, lá um
artista verdadeiro rompe uma barreira, e os
ídolos desmoronam. Os promotores correm,
para esconder o fato e reparar os estragos,
mas é tarde: e lá se vão,num só momento,
cinco anos de esforços para derrubar a
verdadeira Cultura brasileira.
Foi o que aconteceu com Ataulfo Alves no
último Festival em que ele tomou parte.
Acusado de "quadrado", de "ultrapassado", de
"reacionário", em dois minutos engoliu tudo
quanto foi de cabeludo, de guitarra e de
tropicalismo que apareceu por lá naquela
noite - o que fez com o samba "Quis você pra
meu amor, mas você não me entendeu", etc.
"Bem", perguntarão,"e qual é a solução?"
Respondo: isso compete às pessoas como
Theresa Catharina de Góes Campos. Seu livro
será, daqui por diante,uma obra de consulta
indispensável, não só para os técnicos como
para fixar rumos teóricos àqueles que
pretendam fazer da Televisão alguma coisa de
sério e honesto. Para isto,são de
importância capital pelo menos duas partes:
a que ela escreveu sobre "A TV a serviço da
Comunicação" e a outra sobre "O Teatro na
TV". Theresa Catharina incluiu também um
capítulo que trata do patrocinador de TV,
explicando como ele atua e influencia - do
mesmo modo que ela fez sobre o Diretor de TV
e o Produtor.
Porque um país que está procurando se
construir, como o Brasil, não pode deixar
que sua Cultura seja ameaçada e degradada a
cada instante, entre outras coisas pelos
produtos falsificados e importados que,por
força de instrumentos de comunicação
poderosos como a TV, são impostos à força ao
gosto do Povo. O Povo protesta desligando os
receptores, o que só não se diz porque isso
também"está fora do jogo". Mas a própria
Theresa Catharina de Góes Campos me chamou a
atenção para um fato significativo: nos
famosos "inquéritos de audiência e
popularidade", a soma das cifras nunca dá
100%. Digamos que sejam dois os canais de
Televisão pesquisados. O vitorioso alcança
22% e o derrotado 21%, enquanto a mesma
pesquisa aponta 16% para o terceiro canal.
Onde estão os 41% restantes? Eram
televisores desligados. O grande vitorioso é
o "canal mudo e cego", através do qual o
Povo protesta contra a farsa.
Fora daí, cumpre-me destacar, no livro de
Theresa Catharina, o "Dicionário Trilíngue"
dos termos mais comumente usados na
Televisão. Creio que é o primeiro que se faz
, assim, no Brasil. Ele, e o livro todo,
demonstram que o Governo deve intervir a
sério nesse campo, no sentido de
salvar,resguardar e prestigiar a Cultura
brasileira. Nesse momento, as pessoas como
Theresa Catharina de Góes Campos e obras
como este livro são peças fundamentais, das
quais nossa Pátria terá que lançar mão, para
não desperdiçar valores e construir, aos
poucos e em cada campo, a nossa grandeza.
Recife,23 de maio de 1970
ARIANO SUASSUNA |
2006 |
PALESTRA DISCUTE ÉTICA NOS MEIOS DE
COMUNICAÇÃO
A professora Theresa Catharina de Góes
Campos abriu ontem à tarde o 1° Ciclo de
Conferências do Museu do Senado
Em palestra realizada ontem no Senado, a
escritora e professora Theresa Catharina de
Góes Campos recomendou a permanente
cobrança, pela sociedade, de um
comportamento ético dos meios de
comunicação. Após traçar um histórico sobre
ética e política na evolução das
comunicações desde a pré-história até o
momento atual, ela defendeu o fortalecimento
do espírito crítico da população: - A
responsabilidade com a informação deve ser
um compromisso dos jornalistas – afirmou
Theresa Catharina na palestra que abriu o 1°
Ciclo de Conferências do Museu do Senado.
“Podemos cobrar da mídia a utilização de
fontes de qualidade, que não levem à
elaboração de notícias forjadas ou pela
metade”, sugeriu.
A professora recorreu a textos da
Antiguidade Ocidental para demonstrar que a
busca de um comportamento ético tem longa
tradição. Os animais personagens das fábulas
do grego Esopo, citou, já eram porta-vozes
de denúncias sociais. E o teatro grego era
encarado pelo Estado, naquela época, como
meio de educação da população.
Durante a Idade Média, recordou a
professora, coube aos monges copistas a
tarefa de recuperar os textos da Antiguidade
Greco-Romana, alguns deles até hoje
encenados por diretores teatrais. Concluído
o período do feudalismo, coube à Commedia
Dell’Arte italiana a retomada da crítica
social por meio de atores populares e textos
anônimos. “Eles contribuíram para a reflexão
crítica da sociedade”, ressaltou Theresa
Catharina.
A denúncia social, prosseguiu a professora,
aprofundou-se com autores como Molière, no
século XVII, e sua ácida crítica aos
costumes da época. Mais tarde, o escritor
Victor Hugo alterou a linguagem literária ao
estender o que Theresa classificou de um
“olhar caridoso” à população pobre da
França.
No Brasil, o Romantismo trazia à tona o tema
da contribuição das populações indígenas à
nacionalidade. “Foi um grande passo em
termos de conscientização”, observou.
Jornal do Senado
Brasília, 29 de setembro de 2000.
HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO ABRE DEBATES DO
MUSEU DO SENADO
A evolução histórica dos meios de
comunicação, sob os aspectos ético e
político, é o tema de abertura, às 15h 30 de
hoje, do 1° Ciclo de Conferências do Museu
do Senado. A palestra, a cargo da
professora, jornalista e escritora Theresa
Catharina de Góes Campos, será dada na sala
6 da Ala Senador Nilo Coelho.
Segundo Theresa Catharina, a “reflexão
crítica” sobre os meios de comunicação
abrangerá o período que vai da Pré-História
aos dias atuais. O primeiro ponto a ser
abordado será a pintura rupestre, imagens
gravadas nas paredes de cavernas e paredões
por homens primitivos. Em seguida, ela fará
análise do analfabetismo na Antiguidade, na
Idade Moderna e no mundo contemporâneo. Logo
depois, a professora falará sobre as
atividades jornalísticas como expressão
pessoal e coletiva, inclusive de protesto,
denúncia e reivindicação.
Além de abordar a importância do rádio, do
cinema e da televisão como veículos de
informação, registro e formação de valores,
Theresa Catharina tratará também do
desenvolvimento da oratória, teatro
renascentista, grande imprensa, jornalismo
marrom e imprensa alternativa.
Jornal do Senado
Brasília, 28 de setembro de 2000.
MUSEU DO SENADO REALIZA CICLO DE
CONFERÊNCIAS
O 1° Ciclo de Conferências do Museu do
Senado será aberto amanhã, às 15h 30, na
sala 6 das comissões (Ala Senador Nilo
Coelho). A primeira conferência estará a
cargo da professora Theresa Catharina de
Góes Campos, que falará sobre Ética e
Política na Evolução Histórica das
Comunicações. O objetivo é promover a
reflexão crítica sobre os valores éticos e
políticos no processo de evolução histórica
nos meios de comunicação, desde a
Pré-História aos dias atuais.
Jornal do Senado
Brasília, 27 de setembro de 2000.
Obs. A TV Senado filmou a minha palestra, do
início ao fim, tendo apresentado essa
filmagem, por inteiro, inúmeras vezes, na
programação da emissora.
Theresa Catharina
Brasília, 16 de março de 2006 |
2006 |
THERESA CATHARINA entrevistada para filme
documentário sobre FLORIANO PEIXOTO
A JCV Produção Editorial, Cinema e Vídeo
está atualmente realizando, entre outros
trabalhos, um filme documentário sobre
Floriano Peixoto, o "Marechal de Ferro" , o
primeiro vice-presidente da República
proclamada em 15 de novembro de 1889 e o seu
segundo presidente, pois assumiu a
presidência do país dois anos depois, quando
o Marechal Deodoro da Fonseca renunciou.
Dirigido por Jorge Oliveira e Ana Maria
Rocha, com produção de Cléa Paixão, o
documentário tem como proposta apresentar
Floriano Peixoto, no contexto de sua época,
aos cidadãos de hoje.
Conhecedores do meu artigo sobre o
jornalismo brasileiro nas lutas políticas,
os diretores do filme me convidaram a ser
entrevistada, para comentar, analisando e
refletindo criticamente, na minha visão e
perspectiva de jornalista atuante, o papel
da imprensa: nos anos que antecederam a
proclamação da República e, também, durante
o governo de Floriano Peixoto.
Por compreender a importância de ressaltar a
atuação da imprensa, logo atendi ao convite,
sendo o meu depoimento filmado em Brasília,
na data de 16 de março/2006.
A seguir, reproduzo o texto que, em 1970,
foi publicado em meu livro "O progresso das
comunicações diminui a solidão humana? Uma
interpretação histórica das comunicações
gráficas e audiovisuais, desde a
pré-História até o intelsat", Editora
Lidador (RJ).
Posteriormente, esse capítulo - com o
título, na obra, O jornalismo brasileiro nas
lutas políticas - começou a ser divulgado
pela [...] e nos sites que produzo
(www.noticiasculturais.com,
www.arteculturanews.com e
www.theresacatharinacampos.com).
Recomendo, para leitura esclarecedora sobre
a época de Floriano Peixoto, a obra do
pesquisador, escritor e jornalista Hélio
Silva: "1889 - A República não esperou o
amanhecer".
Considerando que a produção desse filme
documentário sobre Floriano Peixoto é uma
contribuição valiosa para a preservação da
memória brasileira, que merece todo o nosso
incentivo, porque subsidia e complementa a
nossa participação como sociedade e público,
nossos esforços de cidadãos conscientes,
louvo a iniciativa dos realizadores.
Theresa Catharina de Góes Campos
Brasília, 17 de março de 2006 |
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