A Universal Produções merece elogios por suas revistas Ester e Plenitude, com excelente apresentação gráfica e, ainda, pelas qualidades de suas matérias, que primam por sua atualidade, diversificação e um conteúdo prático, bastante ilustrado e bem redigido.

Os editores de ambos os periódicos mantêm o ótimo nível dessas publicações, acertando na escolha dos temas, assim como na linguagem diferenciada.

As capas, de visual atraente, elemento presente, aliás, em todas as páginas, chamam a atenção para as reportagens com títulos informativos, que destacam o fundamental dos textos.

Ester compete...sem baixarias; e se mostra muito superior às revistas não-cristãs sensacionalistas, que apelam nos artigos, enfatizando anti-valores, consumistas, hedonistas, de agressividade erótica que se torna vulgar.

Os assuntos abordados são quase os mesmos: as tendências da moda; dietas modernas; o estresse feminino; as ginásticas mais eficientes; e outras preocupações contemporâneas.

Contudo, minha preferência seria em prol do aumento das páginas dedicadas às mensagens evangélicas. Analisando vários números de Ester, comprovei que apenas 20% (vinte por cento) das matérias assumem a missão do cristianismo: conquistar almas.

Há artigos em demasia sobre sexo - o assunto é o preferido das publicações mundanas, das emissoras de rádio e tv, de jornais sensacionalistas, portanto, deveria ser abordado de acordo com a moral cristã, que considera o ser humano, sempre, em sua dimensão de corpo e alma, na verdade, com o espírito capaz de controlar, dominar, cristianizar o corpo, o material, o sexual.

Muitas vezes, só encontramos o chamado bíblico nas publicidades, como nos anúncios das contracapas.

Gostaria (eis a minha humilde sugestão, como leitora cristã) que, em todos os artigos, houvesse um destaque visível para as palavras redentoras de Cristo, para que a beleza interior fosse valorizada claramente, acima da estética do corpo, até para iluminar, de fato, as roupas e os acessórios, e as qualidades físicas de cada mulher.

Reconheço, porém, a possibilidade de que a proposta de Ester esteja fundamentada em visual e linguagem semelhantes aos utilizados pelas revistas femininas comerciais, com o objetivo de se mostrar atraente aos assinantes em potencial e, assim, a partir daí, conquistar um grande público. Leitores que também receberiam o apelo espiritual, embora deforma mais discreta, quero dizer, por meio de algumas páginas, inseridas no corpo da publicação, prática mais realista, adotada pragmaticamente por Ester.

Entretanto, deveria ser essa, a proposta de uma revista feminina cristã? Para a leitura de mulheres inseridas na família, na igreja e na sociedade? Uma sociedade que supervaloriza os anti-valores, supérfluos e passageiros, materialistas, consumistas, egoístas e narcisistas?

Fazendo uma cuidadosa análise do conteúdo, observei, igualmente, que o jornal Folha Universal traz muitas informações úteis, além de editoriais e comentários sobre acontecimentos atuais, inclusive matérias sobre filmes em exibição, vídeos disponíveis nas locadoras e peças de teatro em cartaz.

De novo, assim como ocorreu com referência à revista Ester, senti falta de um número maior de textos com mensagem cristã explícita. Diante do materialismo que nos ameaça, eu exigiria mais espaço para a espiritualidade escancarada, sem disfarce, sem estar implícita. Páginas e mais páginas de evangelização, de sermões e palavras abençoadas dos pastores seriam muito bem-vindas!

Quanto à revista Plenitude, não precisa dessas minhas sugestões, porque, até nas capas, ali já encontramos a sua marca evangélica. Sim, os temas são contemporâneos, os mesmos abordados em periódicos mundanos, entretanto, apresentam-se ao público em visão bíblica. Lê -se sobre o cenário econômico, a inflação e o desemprego; o preconceito racial, a corrupção, as injustiças são denunciadas.

Mas também inclui entrevistas e reportagens sobre pessoas que, depositando a sua confiança no Senhor Jesus, venceram todos os obstáculos, transformando a sua vida, a vida de suas famílias e a situação da comunidade. Essas entrevistas ilustram a força renovadora de todas as coisas, o poder do cristianismo, para converter, transformar e redimir no dia-a-dia.