Exposição Fotográfica sobre Angola no ECCO - Brasília, DF

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Vinicius Souza e Maria Eugênia Sá

Tels. (11) 9631-0666

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Exposição Fotográfica

Angola ­ A Esperança de um Povo

Depois de 14 anos de guerra de independência e mais 27 de conflitos internos, finalmente Angola está em paz. As esperanças renascem nos corações e mentes dos angolanos.Dois fotógrafos e jornalistas brasileiros percorreram o país e mostram uma face diferente dos africanos na Exposição Fotográfica Angola ­ A Esperança de um Povo, agora no ECCO em Brasília.

A exposição Angola ­ A Esperança de um Povo ocupa, desde 10 de dezembro de 2003 até 25 de janeiro de 2004, a Galeria II do Espaço Cultural Contemporâneo Venâncio ­ ECCO, em Brasília. Esta é a primeira oportunidade de ver na Capital Nacional a mostra que foi grande sucesso em São Paulo e traz uma visão diferente desse povo africano, quebrando estereótipos e mistificações. A abertura da exposição acontece como um evento paralelo ao lançamento do livro "DA FAVELA PARA O MUNDO"- A História do Grupo Cultural AfroReggae, em que seu líder José Junior narra os 10 anos de existência do Grupo.

A exposição Angola ­ A Esperança de um Povo é fruto do trabalho dos fotógrafos documentaristas Vinicius Souza e Maria Eugênia Sá que percorreram diversas cidades do país entre setembro e outubro de 2002. Por intermédio do apoio de entidades como Comitê Internacional da Cruz Vermelha, GBECA ­ Grupo Bíblico de Estudantes Cristãos de Angola, Schweizer Allianz Mission (Sole), ALM ­ American Leprosy Missions, The Halo Trust (desminagem) e Médicos Sem Fronteiras, os fotógrafos chegaram a várias regiões de difícil acesso no país, visitando campos de deslocados, hospitais, campos minados e escolas na capital e no interior.

O resultado desta documentação fotográfica é revelado nas mais de 50 fotos p&b e cor presentes na exposição e traz nas imagens a esperança, a alegria genuína, a fé num futuro de paz que finalmente aparecem refletidas nos olhos de cada pessoa comum nas ruas das grandes cidades, em distribuições de alimento, nos cuidados médicos recebidos e no reencontro com familiares.

"A África sempre foi a meca das expedições de fotografia documental. Imagens de crianças desnutridas e guerras fratricidas circulam pelos jornais, revistas e publicações de todo o mundo de tempos em tempos. Imagens de esperança, solidariedade e luta para reconstrução de vidas, entretanto, são bem mais raras. O desafio maior, nos parece, é penetrar na alma do povo sofrido para resgatar os valores, sentimentos e fé que não foram destruídos pela ganância, guerra e desespero. E, obviamente, traduzir tudo isso em imagens fotográficas de alto impacto."

Serviço

Exposição Angola ­ A Esperança de um Povo
Quando: 10 de dezembro de 2003 a 25 de janeiro de 2004.
Local: Espaço Cultural Contemporâneo Venâncio ­ ECCO
SCS, Quadra 8, Bloco B 60 Edifício Venâncio 2000 ­ Brasília DF.
Produção: Media Quatro ­ http://mediaquatro.sites.uol.com.br
Apoio: Comitê Internacional da Cruz Vermelha; Labtec Laboratório Foto Digital;
American Leprosy Missions; Oboré Projetos Especiais; e RFigueiredo Design
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Vinicius Souza e Maria Eugênia Sá
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Relato de bordo

"Amigo, Amiga! Me tiras um retrato?"

Antes de embarcamos para Angola, tentamos nos informar o máximo possível sobre o país e seu povo. Falamos com refugiados no Brasil, expatriados, antigos missionários, afro-portugueses expulsos na década de 70, pessoal de entidades humanitárias internacionais e também com nossos contatos dentro do país. Se por um lado ouvíamos sobre as dificuldades burocráticas e logísticas do projeto, por outro soubemos do carinho e respeito que o povo angolano nutre pelos brasileiros. Algo no entanto nos inquietava e podia pôr em risco toda a missão: os angolanos seriam bastante arredios a serem fotografados.

Depois de 27 anos de guerra civil que literalmente colocou milhares de irmãos nos exércitos opostos da UNITA e do MPLA, nos pareceu natural o temor de que uma fotografia pudesse ser usada para indicar quem é o inimigo e portanto fosse perigosa. É fato que principalmente para os mais velhos, pessoal militar e policiais, as fotografias continuam não sendo bem vistas. Mas entre os jovens, mulheres e sobretudo crianças, o sentimento é exatamente o contrário. Quando, com as câmeras a tiracolo, percorríamos as ruas de Luanda, a periferia da capital, os campos de deslocados em Huambo, as escolas e mesmo nos hospitais, a frase mais ouvida era "Amigo, Amiga! Me tiras um retrato?"

Angola vive hoje um momento diferente, uma mudança completa em poucos meses. Seu povo quer mostrar sua cara, se identificar, se conhecer, se enxergar. Não como pobres africanos que necessitam de ajuda, mas como um povo orgulhoso que enfrenta de cabeça erguida sua difícil situação e tem esperança no futuro próximo. A fotografia e o vídeo são também instrumentos dessa mudança. E por isso é tão importante colocar seus rostos em película, papel, fitaŠSomos privilegiados em poder compartilhar desse momento histórico e "clicar" a nova face de Angola.

Vinicius Souza e Maria Eugênia Sá

Sobre os artistas

Vinicius Souza e Maria Eugênia Sá (vgpsouza@uol.com.br e mge_sa@yahoo.com.br) são fotógrafos com formação bastante eclética, tendo passado por diversas revistas, jornais, agências, etc. Seu maior interesse comum, entretanto, é por projetos pessoais de fotografia documental que mostrem a vida, as pessoas e os lugares por uma ótica diferente e por vezes não convencional. A fotografia de cada um se complementa no outro, somando ângulos e estilos. Em sua trajetória já correram o Brasil quase inteiro e também meio mundo.

Os fotógrafos já retrataram o cotidiano dos índios Xavantes no Mato Grosso e dos Guaranis em São Paulo; o carnaval em Santos (que resultou em prêmio e exposição no Banespa); a indústria fashion dos desfiles e produção de moda; blueseiros de rua, artistas consagrados e público no Jazz Fest de New Orleans; a plasticidade das esculturas tumulares de vários cemitérios no Brasil, Europa e África; os esfumaçados bares de música de Praga; as estradas e personagens que cortam os Estados Unidos de Miami à Califórnia; os trabalhadores na Romênia e Hungria; reminiscências do gueto judeu de Terezin, na República Tcheca, depois transformado em campo de concentração para alemães; e muito mais.

Entre os próximos projetos estão o documentário À Flor da Pele (sobre a situação da hanseníase no Brasil e no mundo); a documentação de entidades que prestam assistência a comunidades isoladas na Amazônia; e a continuação do trabalho iniciado com a Exposição Angola ­ A Esperança de Um Povo, em outros países de Língua Portuguesa como Moçambique, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Guiné Bissau no projeto Um Novo Olhar Sobre os Povos Africanos.

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