Kiriku e a Feiticeira
Desenho animado sobre a lenda de um garoto curioso, inteligente e corajoso, "Kiriku e a Feiticeira" (Kirikou et la Sorcière - França/ Bélgica/ Luxemburgo - 1998 - de Michel Ocelot - 71 min.) é um filme encantador, com qualidades de forma e conteúdo para atrair espectadores de todas as faixas etárias.
Nascido em aldeia africana dominada por uma feiticeira de mau caráter, o menino não se deixa intimidar, procurando meios de enfrentá-la.
Destaques: produção, direção, roteiro, fotografia e trilha sonora.
Theresa Catharina de Góes Campos é jornalista, escritora e professora universitária
Esses
franceses
de
sucesso!
A volta
de
Michel
Ocelot,
pai de
Kiriko
Há
quase
sete
anos
desembarcava
nas
telas
um
pequeno
africano
intrépido
chamado
Kirikou,
saído
sozinho
da
barriga
da
mãe
para
conquistar
o
público
do
mundo
inteiro.
Esse
nascimento
espetacular
revelava
um
cineasta
de
animação
francês
de
rara
sensibilidade:
Michel
Ocelot.
Na
época,
ele
era
conhecido
apenas
pelos
amantes
de
curta-metragem,
gênero
que
praticou
(com
uma
série
de
TV)
durante
vinte
anos.
Mas
vários
júris
já
haviam
reconhecido
seu
talento,
pois
lhe
concederam
um
Bafta
(Oscar
britânico)
por
“Les
Trois
inventeurs”
(Os
três
inventores
-
1979),
depois
um
César
por
“La
Légende
du
pauvre
bossu”
(A
lenda
do
pobre
corcunda
-
1982).
Foi
eleito
presidente
da
Asifa
(Associação
International
do
Filme
de
Animação)
em
1994
e
reeleito
em
1997.
Em
1994,
um
produtor
lhe
propõe
um
longa-metragem.
Com
quarenta
e
cinco
anos
na
época,
pensa
logo
na
África
que
descobriu
entre
os
seis
e
doze
anos
de
idade,
quando
seus
pais,
professores,
foram
trabalhar
na
Guiné.
Contos
africanos
Lembrando-se
dos
contos
africanos
que
lia
nos
livros
de
seu
pai,
ele
imagina
Kirikou.
Durante
três
anos,
navega
entre
Paris,
Angoûleme,
Bruxelas,
Riga,
Budaeste
e
Luxemburgo,
pois
“Kirikou
et
la
sorcière”
(Kirikou
e a
feiticeira),
concebido
na
França,
recebe
a
animação
em
vários
estúdios.
É um
sucesso
(1,5
milhões
de
espectadores
na
França,
800.000
VHSs
e
DVDs,
580.000
álbuns
e
livros
de
colorir!).
Além
de o
filme
ser
vendido
em
mais
de
cinqüenta
países.
No
Festival
Internacional
de
Filmes
Infantis
de
Chicago,
recebe
um
duplo
prêmio
simbólico:
o do
júri
infantil
e do
júri
de
pais,
verdadeiro
plebiscito
intergeracional.
Michel
Ocelot
propõe
então
ao
público
a
montagem
de
uma
série
de
seis
fábulas
cheias
de
poesia
e
humor,
animadas
em
sombras
chinesas
alguns
anos
antes,
reagrupadas
sob
o
título
de
Príncipes
e
princesas.
É um
novo
um
sucesso
comercial.
Diante
de
tão
grande
conquista,
era
difícil
escapar
a
uma
continuação.
É a
vez
de
“Kirikou
et
les
bêtes
sauvages”
(Kirikou
e as
feras),
um
filme
em
quatro
episódios,
cujo
primeiro
foi
recentemente
ovacionado
por
1.800
crianças
de
escolas
durante
o
Festival
de
Cannes
2005.
A
estréia
está
prevista,
na
França,
em 7
de
dezembro
de
2005[1].
Michel
Ocelot
já
está
trabalhando
em
um
outro
longa-metragem,
Azur
et
Asmar,
que,
em
um
universo
de
miniaturas
persas,
contará
uma
fábula
sobre
a
tolerância
colocando
em
cena
dois
irmãos
inimigos
no
século
XV.
Ele
espera
terminá-lo
até
o
Festival
de
Cannes
2006.
Será
que
subirá
de
novo
os
degraus?
Bernard
Génin
journaliste
[1]
Todos
os
ganhos
dos
produtos
derivados
e
dos
livros
serão
divididos
com
o
Unicef.
Informações:
unicef.fr
Bibliografia:
“Tout
sur
Kirikou”
(Tudo
sobre
Kirikou),
Michel
Ocelot,
ed.
Du
Seuil,
Paris,
2003.
|