Theresa Catharina de Góes Campos

  O MAHABHARATA

De Peter Brook, "The Mahabharata" (França/Inglaterra/Itália - 1990 - 155 min.) nos envolve, magica e poeticamente, em sua narrativa mística: são deuses e/ou seres humanos, dilacerados pela dicotomia carne-espírito, sensibilidade-ambição, amor-guerra.

"Dou-lhe esta terra arruinada, coberta de cadáveres". (...) "- Fique neste mundo infeliz. Vou para o outro mundo. Quem pode ser mais feliz que eu?"
Este épico da cultura oriental tem a força das suas palavras.

Destaques:direção de arte, cenários, fotografia, roteiro e trilha sonora.

"-Como se pode compreender a selvageria deste mundo?

-Você faz parte dele".

- "Inseparáveis como a paciência e a sabedoria! -Mas como se pode escapar?"

- "Mostra-lhe o poder da liberdade.

- Que liberdade? Que caminho?"

- (...)Ele é o coração de tudo que é invisível.

(...) - Ouça atentamente e, no fim, você será uma outra pessoa."

(...) - Os homens estavam próximos dos deuses."

(...)- "Mas ele carregava amargura no seu coração - não sabia quem ele era."

(...) A destruição nunca chega empunhando armas. Vem devagar, enxergando o bem no mal e o mal no bem."

(...) - Mas eu quero estar descontente. Insatisfeito."

(...) - Enquanto eu nada amo, nada sou."

(...) - Deixe cada um chegar a seu limite."

(...) - Perdeu até ele mesmo."

(...) - Minha determinação se foi. Não posso me defender."

(...) - Porque tem ódio no seu coração, ele é fraco."

(...) - Meu coração deve ser de pedra, para não ter quebrado antes."

- Vitória e derrota são a mesma coisa."

(...) - Ele ensinou-lhe como o mundo se revela.

(...)- Num só ponto vejo o mundo inteiro."

(...) - Através de seu corpo eu vejo as estrelas."

(...) - Agora você pode dominar seu espírito misterioso e incompreensível.
Você pode ver o seu outro lado."

(...) - Você ainda é um sonho?"

(...) - Mesmo que você não possa ver, uma luz foi salva."

(...) - Levei meu irmão para a morte."

(...) - ...e esta batalha dentro de você.

(...) - Você é aquele que esta cidade espera para festejar."

(...) - Sou o brilho de tudo que brilha."

Caracterizado pelo lirismo próprio da cultura oriental, o filme nos arrebata por suas imagens e seus diálogos, muitas vezes ambíguos, misteriosos, mas que nos convidam à reflexão sobre a condição humana em seus aspectos metafísicos.

Theresa Catharina de Góes Campos

(Obs. Assisti ao filme no cinema, mas pode ser encontrado em vídeo - VTI.)
 

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