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PODER
Drama político, "Poder" (Power - EUA, 1986- de
Sidney Lumet - 111min.) faz uma reflexão
crítica sobre o processo eleitoral, a propaganda
e a publicidade político-partidárias, e os
princípios éticos.
O elenco é respeitável: Gene Hackman (de
"Mississipi em Chamas"), Julie Christie e
Richard Gere como intérpretes principais.
Este filme não se destaca por qualidades
técnicas ou estéticas, e sim, pela atualidade de
seu tema, ao mostrar alguns candidatos e aqueles
profissionais encarregados de "construir" a
"sua" imagem pública: nos palanques, nos meios
de comunicação de massa e até no âmbito pessoal,
familiar e social.
Portanto, pode ser um instrumento de
conscientização do público, de modo que provoque
perguntas e a formação de uma opinião mais
esclarecida porque mais consciente da realidade
política nem sempre tão transparente através das
imagens e das palavras.
Não se trata de cinema-divertimento ou cinema de
experimentação artística; todavia, recomendo
essa obra para ser vista por todos,
especialmente universitários, que devem prestar
muita atenção às cenas e acompanhar os diálogos
com interesse; também recomendo que seja vista
mais de uma vez, para que possam apreciá-la
devidamente, aproveitando suas lições. O final é
positivo e, por conseguinte, moralista e
didático, o que atende às necessidades éticas de
nossa época.
"Poder" merece elogios pela seriedade de sua
proposta, como filme que contribui para uma
sociedade mais democrática.
Theresa Catharina de Góes Campos |
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