Quem são
esses
Tecelões
de letras,
Médicos
de dores alheias?
Somos
artesãos de sonhos,
Ventríloquos de todo mundo.
Somos o
centro da platéia
Que
encantada ri e chora,
Mas que
uma hora depois
Esquecida
vai-se embora;
Somos uma
imagem solitária,
Sob a luz
de um projetor
E o rosto
que vemos no espelho
Escondido
atrás da maquiagem
É apenas
uma imagem...
Por
detrás de tantos rabiscos,
Somos
desenhos, somos riscos,
Jamais
uma folha de papel em branco.
Somos
sempre um lamento,
Um grito
mudo, um sentimento,
Peitos
rasgados e inteiros.
E dentro
de todo esse pranto,
Nossa dor
é verdadeira.
Nada
somos, tudo somos...
Tudo
sentimos, tudo supomos.
Somos
todos e somos ninguém.
Somos
apenas... poetas!
Letícia
Thompson
leticiathompson@skynet.be
13.12.2002 |